O setor automotivo brasileiro pode estar prestes a parar em questão de semanas — e o motivo vem de uma disputa geopolítica do outro lado do mundo.
Tudo começou neste mês, quando o governo da Holanda assumiu o controle da subsidiária local da Nexperia sob a justificativa de preocupação de segurança nacional.
A empresa é uma gigante dos semicondutores comandada por um grupo chinês, que detém 40% do mercado mundial de chips.
A China, que não gostou muito da ação, restringiu a exportação de componentes eletrônicos, travando o fornecimento de peças que são essenciais para as montadoras ao redor do mundo.
O problema é que tudo que tem no seu carro precisa de semicondutores. Um modelo mais moderno, por exemplo, pode ter de mil a 3 mil chips, que controlam de faróis a sensores de segurança.
Como o Brasil importa praticamente todos os chips que utiliza, a situação já começa a preocupar a 9ª maior indústria automotiva do mundo, que pode ver o seu planejamento de fabricar 2,75 milhões de unidades neste ano sofrer um grave impacto.


